ÚLTIMA HORA: VENÂNCIO MONDLANE DENUNCIA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E OMISSÃO DA JUSTIÇA: " Tentativas desesperadas de reunirem provas "

ÚLTIMA HORA: VENÂNCIO MONDLANE DENUNCIA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA E OMISSÃO DA JUSTIÇA: " Tentativas desesperadas de reunirem provas "

 Venâncio Mondlane voltou a pronunciar-se de forma contundente nesta sexta-feira, ao apresentar-se no pátio da Procuradoria da República, onde foi notificado a comparecer para ser ouvido num processo criminal cujo conteúdo, segundo ele, até aquele momento era desconhecido. 

Em declarações públicas à imprensa com transmissão ao vivo na sua página do Facebook, e apoiantes presentes no local, Mondlane criticou duramente o que considerou ser uma tentativa desesperada de transformar-lhe no único responsável pela crise pós-eleitoral que assolou o país.

“Estamos perante uma tentativa desesperada de reunir provas a propósito e despropósito, para tentar gravitar todas as questões da crise pós-eleitoral no Venâncio”, afirmou.

Para o político, a crise pós-eleitoral em Moçambique é uma questão “multifacetada”, que envolve diversos sectores do Estado, incluindo os órgãos eleitorais, a polícia e o próprio sistema de justiça. Mondlane lembrou que a própria Amnistia Internacional já emitiu relatórios denunciando graves violações cometidas pelas forças policiais durante o período eleitoral.

“Estamos a falar de atrocidades de todos os géneros, cometidas por elementos da polícia e forças de segurança, que a Amnistia Internacional já classificou como crimes contra a humanidade.”

Apesar das graves acusações e das denúncias documentadas por organizações internacionais, Venâncio questiona o silêncio e a aparente inércia do sistema judicial moçambicano em responsabilizar outros envolvidos nos episódios de violência.

 “Até este momento, não temos notícias nem evidências de que os mesmos agentes da polícia e oficiais das forças de segurança tenham sido processados ou interrogados nos mesmos processos. Há uma omissão clara e seletiva da justiça”, reforçou.

Mondlane apelou por uma justiça imparcial e por um tratamento equitativo de todos os actores envolvidos na crise.